sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Deus criou o mal?

À primeira vista pode parecer que, se Deus criou todas as coisas, então deve também ter criado o mal. Entretanto, há aqui um pressuposto que deve ser esclarecido. O mal não é uma “coisa”, como uma pedra ou a eletricidade. Você não pode ter um pote de mal! Mas o mal é algo que acontece, como o ato de correr. O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a ausência do bem. Por exemplo, os buracos são reais, mas somente existem em outra coisa. À ausência de terra, damos o nome de buraco, mas o buraco não pode ser separado da terra. Quando Deus criou todas as coisas, é verdade que tudo o que existia era bom. Uma das boas coisas criadas por Deus foram criaturas que tinham a liberdade em escolher o bem. Para que tivessem uma real escolha, Deus deveria permitir a existência de algo além do bem para escolher. Então Deus permitiu que esses anjos livres e humanos escolhessem o bem ou o não-bem (mal). Quando um mau relacionamento existe entre duas coisas boas, a isso chamamos de mal, mas não se torna uma “coisa” que exige ter sido criada por Deus.

Examine o exemplo de Jó em Jó capítulos 1 e 2. Satanás quis destruir Jó, e Deus permitiu que Satanás fizesse tudo, exceto matá-lo. Deus permitiu que isto acontecesse para provar a Satanás que Jó era reto porque amava a Deus, e não porque Deus o tinha tão ricamente abençoado. Deus é soberano, e no controle máximo de tudo o que acontece. Satanás nada pode fazer a não ser que tenha a “permissão” de Deus. Deus não criou o mal, mas Ele permite o mal. Se Deus não houvesse permitido a possibilidade do mal, tanto a espécie humana quanto os anjos estariam servindo a Deus por obrigação, não por escolha. Ele não quis “robôs” que simplesmente fizessem o que Ele gostaria que fizessem por causa de sua “programação”.

A resposta que a Bíblia nos dá é: Deus tem um propósito perfeitamente bom para a existência do mal. Vejamos a seguir. A Bíblia não só ensina que Deus sabe de todas as coisas, mas que Ele determinou, com precisão, o Seu plano para toda a história do universo. Deus detalhadamente determinou a existência e história para cada criatura desde antes da criação. Ele escreveu a história do mundo para a Sua glória, de sorte que tudo ocorre de acordo com o Seu perfeito plano e nada acontece sem ser previamente decretado por Deus. Em Is 46:9-10, Deus apresenta como evidência de Sua divindade o fato de que Ele tem determinado e declarado o fim desde o início. Ele diz: “...Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim... o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46:10).

Não existe um átomo sequer em todo o universo que não esteja a cada momento sendo sustentado e guiado por Deus. Em Cl 1:16-17, Paulo diz: “...Tudo foi criado por meio dele e para Ele... Nele, tudo subsiste.” Hb 1:3 explicitamente diz que Ele “sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder.” Vimos então que Deus tem planejado e determinado o percurso de toda a criação (incluindo Satanás e todas as suas ações, como sua queda e as tentações que ele apresenta a nós, seres humanos). O mal que existe hoje não ocorre por acidente, mas porque Deus tem determinado em Seu perfeito plano que deveria ser assim. Isto pode ser surpreendente ou até vergonhoso para muitos, mas para Deus, não. Ele diz: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas cousas (Is 45:7). É notável que neste versículo Ele até usa o verbo mais forte (bara no Hebraico é a mesma palavra usada em Gn 1:1) para referir-se ao Seu envolvimento intencional com o mal. De fato, Ele até apresenta isto como evidência de Sua divindade, em contraste com os ídolos que são incapazes de fazer bem ou mal (Is 41:23). O inspirado profeta Jeremias apresenta a pergunta retórica: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem?” (Lm 3:37-38). É claro que a resposta esperada é que nada de bom ou mau ocorre sem que proceda de Deus. Semelhantemente, o profeta Amós pergunta: “Sucederá algum mal à cidade, sem que o SENHOR o tenha feito?” (Am 3:6).

Basicamente, não há uma resposta a estas perguntas que possamos compreender totalmente. Como seres humanos limitados, jamais podemos compreender inteiramente um Deus infinito (Rm 11:33-34). Às vezes pensamos que compreendemos por que Deus faz determinada coisa, e mais tarde descobrimos que era para um propósito diferente daquele que havíamos pensado. Deus vê as coisas sob uma perspectiva eterna. Nós vemos as coisas sob uma perspectiva terrena. Infelizmente, por natureza, preferimos a nossa própria concepção de Deus àquela do Deus verdadeiro.

Concluindo, a Bíblia ensina claramente que tudo que Deus criou era “muito bom” (Gn 1:31). Semelhantemente, a Bíblia termina descrevendo em Ap 21 e 22 um período futuro quando tudo voltará a ser muito bom. Ap 21:4 diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram.” Isto significa que quase toda a Bíblia, de Gn 3 a Ap 20, trata do tempo quando o mal existe. Este é o tempo em que nós vivemos. Entretanto, é confortador, mesmo quando entendemos pouco do propósito de Deus para o mal, saber que tudo começou “muito bom” e há de terminar assim também!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Princípios Bíblicos Sobre Finanças

Falar sobre finanças parece ser algo muito pouco espiritual. Acontece, entretanto, que, na prática, não podemos ignorar o fato de que lidamos com esse assunto todos os dias.
Existem 1.565 versículos que falam em dinheiro. Curiosamente, dos 107 versículos do sermão do monte 28 se referem a dinheiro. Além disso, Jesus se referiu ao dinheiro (ou riqueza) em 13 parábolas. Isso mostra como a Bíblia trata desse assunto com expressividade.
O Senhorio de Deus é sobre absolutamente todas as coisas, inclusive sobre as riquezas e os recursos. Ele tem todo o poder e autoridade sobre tudo e todos. O profeta Ageu escreveu que o Senhor dos Exércitos disse:
"minha é a prata e meu é o ouro" (Ag2.8). Desde os tempos de Moisés havia a compreensão que "é Ele que te dá força para adquirires riquezas..." (Dt 8.18)
Vamos apontar alguns princípios bíblicos sobre finanças e citar referências selecionadas para fundamentar esses princípios. Comentários adicionais se fazem desnecessários. Abra seu coração e deixe o Espírito de Deus revelar em sua vida a aplicação de cada princípio desses para não cair na insensatez.
Em relação a você mesmo
1. Viva do seu trabalho Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.” (Ef 4:28)
“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.” (Sl 128:2)
“10 Porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais. 11 E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; 12 Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” (1Ts 4:10-12)
2. Não viva à custa dos outros “7 Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós, 8 Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós.” (2Ts 3:7-8)
“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.” (2Ts 3:10)
“A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão.” (2Ts 3:12)
3. Planeje seus gastos - planejar vem antes de gastar!
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” (Lc 14:28)
4. Invista no que é necessário
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.” (Is 55:2)
5. Contente-se com o que tem
“6 ¶ Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
 7 Porque nada trouxemos ara este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele . 8 Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1Tm 6:6-8)
6. Não tenha apego ao dinheiro
“9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. 10 Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1Tm 6:9-10)
7. Não seja servo do dinheiro
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mt 6:24)
Em relação à família
8. Cuide de sua família “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1Tm 5:8)
9. Guarde para seus filhos “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.” (2Co 12:14)
Em relação a Deus
10. Reconheça que tudo vem dele
“Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos.” (1Cr 29:14)
11. Honre-o com seus bens “9 Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; 10 E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3:9-10)
12. Mantenha uma posição de fé e confiança “25 ¶ Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? 26 Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? 28 E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; 29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito m ais a vós, homens de pouca fé? 31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? 32 (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mt 6:25-34)

Em relação aos outros
13. Nunca fique devendo nada a ninguém “7 ¶ Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. 8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.” (Rm 13:7-8)
“O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta.” (Pv 22:7)
14. Seja fiel com compromissos assumidos “1 ¶ QUE os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. 2 Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” (1Co 4:1-2)
15. Pague os impostos e tributos devidamente “6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. 7 ¶ Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” (Rm 13:6-7)
16. Seja fiel com a propriedade do outro - “E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?” (Lc 16:12)
17. Muito cuidado ao ser fiador de alguém
“Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que evita a fiança estará seguro.” (Pv 11:15)
18. Seja generoso em dar e repartir “Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis;” (1Tm 6:18)


Rodolfo Garcia Montosa

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pregar apenas a Palavra de Deus

Também estamos resolvidos a pregar apenas a Palavra de Deus. Em grande parte, a alienação das massas ao ouvir o evangelho se explica pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que ouvem quando se dirigem aos lugares de culto, e tudo o mais fracassa em fornecer o que suas almas precisam. Será que você nunca ouviu falar de um rei que fez uma série de grandes banquetes e convidou muitas pessoas, semana após semana? Ele tinha um bom número de servos encarregados de servir sua mesa; e, nos dias marcados, estes saíram e falaram com as pessoas. Mas, de alguma forma, depois de um tempo a maior parte das pessoas não vinha às festas. O número de convidados que comparecia era decrescente; a grande massa de cidadãos dava as costas aos banquetes. O rei indagou e descobriu que o alimento providenciado não parecia satisfazer os homens que vinham olhar os banquetes e, por isso, não vinham mais. Ele resolveu examinar pessoalmente as mesas e os alimentos servidos. Viu muita coisa fina e muitas peças expostas que não eram de seus armazéns. Olhou a comida e disse: "Mas o que é isso? Como esses pratos chegaram aqui? Não são do meu suprimento. Meus bois cevados foram mortos, mas não vejo carne de animais engordados, e sim carne dura de gado magro e faminto. Os ossos estão aqui, onde está a gordura e o tutano? O pão também é de má qualidade, onde está o meu que é feito do melhor trigo? O vinho está misturado com água, e a água não é de um poço limpo".

Um dos presentes respondeu:
"Ó rei, achamos que o povo estaria farto de tutano e gordura, assim lhes demos osso e cartilagem para pôr seus dentes à prova. Achamos também que estariam cansados do melhor pão branco, por isso assamos uns poucos em nossas casas, nos quais deixamos o farelo e a casca dos cereais. É opinião dos doutos que nosso alimento é mais adequado a esses tempos do que aquele que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Em relação aos vinhos com borra, o gosto dos homens não é esse na época atual; além disso, um líquido tão transparente como a água pura é uma bebida leve demais para homens que estão acostumados a beber do rio do Egito, cujo gosto é do barro que vem das montanhas da Lua".

Assim, o rei entendeu porque as pessoas não vinham aos banquetes. Será que esse é o motivo pelo qual a casa de Deus tem se tornado tão desagradável para uma grande parcela da população? Creio que sim. Será que os servos do Senhor têm picado seus restos de miscelâneas e pequenas máculas para com isso fazer uma carne cozida para os milhões de fiéis, e, por isso, estes se afastam? Ouça o resto da minha parábola. O rei indignado exclamou: "Esvaziem as mesas! Joguem todo esse lixo para os cães. Tragam os barões da carne, mostrem minha comida real. Tirem essas bugigangas do salão e aquele pão adulterado da mesa e lancem fora a água do rio barrento". Eles fizeram como o rei mandou, e se minha parábola estiver certa, logo houve um rumor pelas ruas de que verdadeiras delícias reais eram oferecidas ali, o povo encheu o palácio e o nome do rei tornou-se de grande excelência por toda terra. Vamos experimentar esse plano. Quem sabe logo estaremos nos regozijando em ver o banquete do Mestre cheio de hóspedes.
Ave Crux, Única Spes!
Fonte: SPURGEON, Charles Haddon – Preparado para o Combate da Fé – Shedd Publicações, p. 30-1.
Extraído de: [ Ecclesia Semper Reformanda Est ]
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

DERRUBANDO O OUTRO EVANGELHO DE CIMA DO MURO


I Co 15. 1,4
O apóstolo Paulo apresenta três pontos nos quais se alicerça o Evangelho: 1) Jesus morreu por nossos pecados; 2) Ele foi enterrado para provar que havia morrido; 3) ressuscitou e vive no mesmo corpo que tinha enquanto vivia como homem.
O Evangelho diz respeito ao Deus Filho e seu trabalhar por nós.
O Deus Filho, Jesus Cristo, veio como o Salvador (1 Jo 4.14). É o Salvador do universo. A Salvação é um dom gratuito, nós vivemos a partir dela em não em direção dela. Nossa parte é pregar a Palavra e fazer discípulos.
2 Co 11.3,4
Aqui Paulo apresenta três maneiras que são usadas para enganar:
1) Outro Jesus Cristo;
2) Outro Espírito;
3)Outro Evangelho.
Se alguém ensina que nossa salvação não está na cruz do Calvário, é engano.  A Bíblia é clara ao dizer que o sangue de Cristo nos libertou. Se alguém ensina que hoje nós podemos fazer o que os apóstolos fizeram, é outro Evangelho.
Gl 6. 1,9
Paulo debaixo da inspiração divina nos alerta que fontes espirituais, não divinas, estariam espalhando ensinos que iriam alterar aquilo que foi ensinado, torcendo, pervertendo, destruindo e adicionando a Graça.
Se o que é ensinado afeta nosso relacionamento com Cristo distorcendo, subtraindo ou adicionando algo, é então caracterizado como “outro Evangelho”.
Paulo diz que eles serão cortados e lançados fora. Amaldiçoam o sagrado, aquilo que saiu da boca de Deus.
Hoje somos apresentados a um evangelho que só fala de curas, milagres e sucesso.
São sinais e prodígios parte do evangelho?
As promessas de cura como são ensinadas hoje não estão no Evangelho, Jesus Cristo nunca realizou cruzada para cura e libertação, como vemos hoje. Aconteceram curas reais, mas não era o foco. O foco sempre foi Cristo, seu perdão e a reconciliação do homem com Deus Santo.
É curioso que ouvimos sempre se falar de promessas e nunca falam das perseguições e tribulações para aqueles que seguem o Senhor, como fala Mc 10.30; Jo 16.33; 1 Ts 3.4
Quando nos dispomos a proclamar o verdadeiro Evangelho, ninguém quer ouvir e nos tornamos impopulares.
Quando falamos do sofrimento e perseguições, que são verdades bíblicas, são promessas tanto quanto as outras, e as vezes mais verdadeiras dependendo o contexto, as pessoas sentem cócegas nos ouvidos.
Mt 7. 21,25
Não é só levantar as mãos no apelo e nossos pecados são perdoados e teremos vida boa, não há magia no reino de Deus, necessário é se comprometer.
Jesus Cristo salienta que muitos usam seu santo nome para adivinhar ou desejar (profetizar), expulsar demônios e até realizar milagres, no entanto, o Senhor diz que nunca se relacionou com eles.
O nome de Jesus Cristo não é selo para autenticar qualquer coisa, já que a fonte de poder é divina.
Os pregadores do “outro evangelho” não praticam a lei de Cristo, “carregar os fardos uns dos outros”. Eles querem se aproximar de Cristo por seus méritos, se auto proclamando e dizendo olha o que fizemos, temos poder, somos de Deus. Não conhecem o Cristo em relacionamento.
“Nunca os conheci”.  Trabalham por conta própria, sem as instruções de Jesus Cristo.
2 Ts 2. 7,15
Um “mistério” se refere a algum retido, difícil de ser detectado. Há necessidade de vivermos o amor da Verdade. O Deus Todo Poderoso envia a operação do erro para que creiam, os crêem no erro serão condenados pelo prazer na iniqüidade.
Jesus Cristo nos ensina a reter e viver as tradições ensinadas, seja por palavra ou por epístola.
Hoje existem muitos disfarçados de apóstolos modernos levando uma nova visão fora do contexto das escrituras.
Grande parte das maravilhas vistas hoje vivem de uma fonte do mal nas suas manifestações. O amor a Verdade esta em jogo. Aqueles que confiam nas suas experiências são enganados porque não tem vara de medir. Eles não são familiarizados com a Palavra e assim sujeitos a fraude.
Como Saul trocou sua primogenitura por um prato de sopa de lentilhas, necessidade imediata; hoje se troca a Verdade e acredita-se na mentira. A mentira não é só o oposto da verdade, ela é desprovida da verdade (Jo 8.44).
Verdade é a Palavra de Deus.
Mt 24.3 e 23,24
Cristo significa “Ungido”, o filho de Deus. Hoje ouvimos, através destes movimentos, aqui é forte, tem unção, aquele é ungido ou a unção está neste ministério. Não se recebe ou transmite unção com impor mãos (no VT era um ato simbólico pré anunciando a Palavra escrita). Não há base bíblica para alguém receber benefícios da parte de Deus tocando em manto, caindo no espírito ou ungindo (orando por,benzendo, rezando sobre) objetos.
O ensino bíblico diz que Jesus Cristo quando caminhou sobre a terra deixou de lado suas vestes reais e andou na Aliança Abrâmica, nunca nos seus trinta e três anos de vida, três de ministério ele se auto-proclamou.
De acordo com a doutrina dos apóstolos Jesus foi, é, e sempre será Deus. Qualquer outro ensino falará de outro Jesus.
Interessante observar quanto ao ato de ungir, (Ex 30. 32,33) há duas instruções que dizem: o óleo não deve tocar o carne daquele que não é sacerdote e não pode ser imitado; aquele que imitar ou se utilizar do óleo para fins pessoais... portanto o velho testamento diz que é abominação qualquer tentativa dar a alguém a unção. Quando Eliseu pediu para Elias sua capa, ele disse “não é meu dar” (2Rs 2.10). Foi dito para Eliseu esperar e ver se o Senhor a daria. Se ele visse Elias sendo levado para o céu, ele receberia. Hoje não há porções em dobro, todos nós compartilhamos da mesma unção (1 Jo 2.27) apenas diferentes dons. O que está sendo transferido de uma pessoa para outra hoje não é a verdadeira unção. Jesus é que batiza não o homem.
Se quisermos Unção devemos ficar sob o ungido que é o cabeça da igreja.
Cristo foi ungido sem medida, nossa unção só pode vir do mediador eterno dos homens. Cristo foi ungido para a sepultura antes de receber a unção da exaltação. As igrejas necessitam morrer para si mesmas para receber a vida de Cristo, seu Espírito, em seguida o Senhor derrama poder para Sua glória. Então veremos sinais e maravilhas vindas do Trono da Graça de Deus, Pai Eterno.
Satanás é um inventor de novas religiões e práticas, é um falsificador.
Satanás tem um programa de falsificações usando sinais e maravilhas como base de sua operação.
Ex 7. 10,12 ; 8. 6,7; 17,17 – Quando Deus do pó da terra fez piolhos os magos nada puseram fazer, a vida eles não podiam copiar. Eles podiam duplicar quase tudo através de um poder de fonte diferente, mas não puderam desfazer um milagre divino (2 Tm 3.8).
Aqueles que prometem rápida transformação não estão entregando a verdade. Verdadeiros sinais e milagres seguem aqueles que estão concentrados na pessoa e na Palavra de Cristo, ensinando e levando alimento espiritual. Quando isso não acontece Deus não age. Não devemos olhar para experiências e sim para Jesus Cristo. Na maior parte das vezes estão só olhando para experiência, seu dinheiro é que é para eles a verdadeira maravilha.
Fazer discípulos leva tempo, muito tempo, paciência, conhecer as pessoas e este trabalho é sempre recompensado.
A Bíblia não nos orienta que somos a peça central do poder de Deus, e nem atrair pessoas necessitadas da cura física, a orientação é para oferecermos a cura espiritual.
Is 8.16 – Quem acrescenta ou subtrai da Palavra torna-se lei para si mesmo, torna-se sem lei.
2 Tm 4. 2,5 – Fábulas são todas as coisas que vão além do que está escrito, que não são a verdade.
I Co 4.6 – “não excedam ou não ultrapassem o que esta escrito”.
Estes avisos são para nosso benefício e proteção, ignorá-los é um suicídio espiritual.


Tradução e compilação: Mário Filho, Pr.
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